sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Ciência e Sociedade

Olá pessoas.
José Leite Lopes

Como alguns sabem (ou não) a função deste blog é disponibilizar materiais para meus alunos. Por conta disto as vezes acontece de ter que reeditar um post antigo, já que alguns materiais terão que ser "ofertados" todos os anos.

Desta vez estou deixando o link para fazer o download do texto "Ciência e Sociedade" de José Leite Lopes. Na realidade este nem é o título original do texto, fui eu que inventei. Isto ocorreu porque ele é um extrato de um texto maior e mais abrangente do qual eu retirei apenas a parte que me interessava no momento. 

O texto na integra está no livro "José Leite Lopes-Unificando as forças da natureza", que, diga-se de passagem, é excelente. Sem mais delongas aqui vai o link.

Para acessar o texto clique aqui.

Beijo nas crianças



sexta-feira, 10 de agosto de 2012

O método Científico

Ola pessoas.

Estou disponibilizando no site um texto sobre o método científico, além de outras coisinhas mais. Infelizmente estou sem tempo para fazer um post descente. Então aqui vão os links.

Para acessar o texto sobre o Método Científico clique aqui.

Para acessar uma nova versão do resumo sobre Notação Científica, clique aqui.

Para uma versão revisada da lista de exercícios teóricos sobre trabalho e energia, clique aqui.

É isso ai.

Beijo nas crianças.

sexta-feira, 13 de julho de 2012

Projeto décadas [Atualizado]


No primeiro semestre de 2012 a escola na qual leciono realizou o projeto décadas. Neste projeto cabia a cada sala, sobre a orientação de um ou mais professores, pesquisar sobre uma década específica, de 1940 até 2010 (até 2012 na realidade) e apresentar de alguma forma o resultado de seu trabalho ao restante da escola.

Como resultado disto houve três dias de apresentações aonde tais trabalhos foram expostos. A maioria dos trabalhos foi exposta na forma de uma representação teatral seguido de uma apresentação musical. A sala que coordenei optou pela criação de um jornal sobre a década de 1960, que, surpreendentemente, foi um sucesso de público e de crítica (pelo menos dentro da escola).

Também tive a incumbência de editar um pequeno vídeo que representasse um resumo de todo o trabalho realizado. Este post na realidade é para permitir que todos os alunos possam ter uma cópia do vídeo e uma cópia digital do jornal.

Sobre o Jornal:

O jornal foi criado para ser impresso em folhas tamanho A3, frente e verso, para que, montado, realmente se pareça com um jornal. Portanto se você quiser uma cópia impressa proceda da seguinte forma.
 
  • Clique aqui para baixar o jornal
  • Encontre uma gráfica que imprima em tamanho A3.
  • Peça para imprimir a primeira página do arquivo em um dos lados e a página dois no verso da mesma folha.
  • Imprima a página três do arquivo em uma nova folha e a página 4 no verso desta.
  • Coloque uma folha sobre a outra se guiando pela numeração de página do próprio jornal.
  • Dobre-o ao meio.

Sobre o Vídeo:

Infelizmente minha conta no YouTube só permite que eu coloque vídeos de no máximo 15 minutos de duração, e o que eu produzi tem aproximadamente 30 min. Então fui obrigado a quebrar o vídeo em 3 partes menores (por questões técnica) para poder fazer o upload.

Mas estou deixando uma cópia na integra para ser baixada clicando aqui.



Aqui estão as três partes do vídeo (Há um problema com a primeira parte, assim que eu descobrir como eu concerto).

[Atualização]

A parte um do vídeo já está disponjível.


 







É isso ai.

Beijo nas crianças.


sábado, 2 de junho de 2012

Marcelo Gleiser e a importância da ciência



Olá pessoas.

Estou postando hoje um texto do físico Marcelo Gleiser publicado no caderno de ciência da Folha de São Paulo em outubro do ano passado.

O texto discute a importância da ciência, mas com uma pegada um pouco diferente. Em vez de apenas enumerar os benefícios trazidos pela cultura científica ele procura responder algumas criticas contra a mesma.

É um texto que serve como complementar ao do José Leite Lopes, Ciência e Sociedade, que segue uma linha mais política. Recomendo, inclusive, que o Lopes seja lido antes deste.


Uma novidade neste texto é que eu resolvi incluir uma atividade no próprio arquivo que contem o texto (normalmente eu explico a tarefa em sala de aula). Se ninguém reclamar adotarei este padrão de atividades daqui para frente.

Para acessar o texto cliqu aqui.

Beijo nas crianças.

domingo, 6 de maio de 2012

Exercícios (atualizado!)

Olá Pessoas

Estou devendo para meus alunos uma lista de exercícios teóricos sobre as leis de Newton.
Promessa é dúvida (sic), mas aqui vai:

Exercícios-Leis de Newton


[ATUALIZAÇÃO]

Como eu já fiz a próxima lista e não vou gastar um novo post para publicá-la resolvi colar aqui mesmo.
Esta nova lista, ainda de exercícios teóricos, é sobre trabalho e energia.

Exercícios-Trabalho e Energia

beijo nas crianças.

segunda-feira, 9 de abril de 2012

Trabalhos escolares e bom senso: vamos reatar esta amizade? (Parte 2)

 Para ver a parte 1 clique aqui.

4- Cite a bibliografia.

Bibliografia significa, literalmente, escrever os livros.

Ou seja, após a conclusão do trabalho, cite, em uma seção própria, as fontes de onde você retirou as informações do trabalho. Em trabalhos universitários deve-se obedecer a regras rígidas no momento de se escrever a bibliografia, regras definidas pela ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas). No caso de um trabalho de ensino médio ou fundamental costuma-se ser mais flexível, mas a importância de citar as fontes é a mesma.

Primeiro por uma questão de ética, deve-se dar crédito a quem merece. Depois por uma questão técnica: permitir que o leitor do trabalho (no caso o professor) possa consultar as mesmas fontes que você.

A internet trouxe inovações sobre descrever as fontes de pesquisa. De maneira bem simples valem as regras.

I- Cite o site de pesquisa com o endereço completo, seguido da data que foi acessado.

Ex: No caso de um trabalho sobre “o que é física?”, onde o conteúdo foi pesquisado neste site, pode-se fazer:

Fonte:
http://plantaofisica.blogspot.com.br/2012/03/pequeno-dicionario-de-fisica-e.html acessado em 02/04/2012

 II- GOOGLE NÂO È BIBLIOGRAFIA.

O google é uma fantástica ferramenta de BUSCA de informações na internet. Um gigantesco catálogo sem o qual estaríamos perdidos no mundo virtual. Mas é só isso.

O google por si só não possui conteúdo nenhum.

Se um aluno me entrega um trabalho com citação de fonte www.google.com e eu resolva ler o texto original no site indicado o que eu encontrarei?



Ou seja. Nada.

Citar google como bibliografia é quase tão correto quanto o aluno que vai a biblioteca encontrar um livro para realizar o trabalho e na hora da bibliografia escreve: Biblioteca!

III- Evite o Wikipédia

O wikipedia, principalmente o brasileiro, não é um site confiável. É interessante quando você que alguma informação sobre algo que não seja importante na sua vida (tipo: quem foi Darth Vader?). Para coisas importantes prefira outras fontes.

No caso particular de física, a wikipedia brasileira não foi feita para leigos. Apesar do conceito de fóton estar muito bem explicado no dia da publicação deste post, há de se concordar que se você não sabia o que era fóton continuará sem saber após ler o artigo.

Então evite.

5- Leve o trabalho a sério.

Qualquer trabalho deve ser levado a sério, inclusive (e principalmente) o escolar. Por isso algumas regrinhas ajudarão muito a você e ao seu professor.

I- Respeite as datas.


Passamos da época do “meu cachorro comeu meu trabalho”. Hoje as desculpas são outras, e sempre as mesmas. Vou mostrar uma lista de desculpas dadas pelos alunos e, entre parênteses, o que um professor pensa ao ouvi-las.


  • Esqueci meu trabalho em casa (não fez, ou fez de maneira tão desleixada que a própria existência do trabalho passou-lhe despercebida. Se eu não falasse nem lembraria).
  • Acabou a tinta da impressora (não fez, ou fez em cima da hora, pois se tivesse feito antes teria percebido que a tinta acabou e teria comprado mais).
  • O trabalho é muito difícil (não fez, ou tentou fazer em cima da hora e viu que não seria possível).
  • Faltei no dia que o senhor passou o trabalho (não fez, e dá tão pouca importância aos estudos que nem se preocupou em ver o que os professores passaram nas aulas em que ele faltou).
  • O trabalho ficou com fulano e ele faltou hoje (não fez, quem fez foi o fulano. Se o aluno realmente tivesse feito o trabalho ele o teria em mãos).
  • Não fiz por que não tenho internet (não fez, e não pensou em uma desculpa melhor. Por incrível que pareça eu não tenho internet em casa, e mantenho um blog, acesso meus e-mail e baixo escuto musica).
  • Internet é caro (não fez, e com o dinheiro que gastou nesta(e) cigarro/chapinha/celular/pizza/etc poderia acessar um ano de internet).
  • Não tive tempo (não fez, mas acompanhou todos os episódios do BigBrother, ou qualquer merda coisa que o valha).


II- Identifique-se.

Você tem 8, 9 ou 10 professores. Nós temos 300 ou 400 alunos. Escola, nome, turma, período ajudam muito. Não vai alterar sua nota, apenas garantir que ela vá para a pessoa correta.

III- Seja legível.

Letra descente é só o que peço.

IV-Seja Cuidadoso.

Uma capa para seu trabalho é um mimo que seu professore aprecia.

Mas mais do que isto. Se você realmente fez o trabalho de forma correta, você verá que ele te representa perante o professor. Ele é uma parte de você. E como tal merece todo o carinho.

É mais ou menos isto ai. Infelizmente eu só consigo escrever no blog em surtos. E neste surto expus minha opinião sobre o assunto. Se lembrar mais alguma coisa farei uma atualização.

Beijo nas crianças.

quinta-feira, 5 de abril de 2012

Divisões da física


Mesmo com os problemas do 4shared a vida continua. Havia prometido aos meus alunos um resumo sobre uma aula dada há alguns dias atrás.

O tema da aula foi sobre os campos de estudo da física, para que os alunos saibam que esta ciência vai um pouco alem de calcular velocidade média.

Para baixar o arquivo clique aqui.

Beijo nas crianças.

P.S. Não achei nenhuma imagem legal para ilustrar este post. Mas esta que eu coloquei é bonitinha

Problemas no 4Shared.


Olá Pessoas!

Aparentemente o site 4Shared onde hospedo meus arquivos para download mudou sua política de compartilhamento.

Parece que agora é necessário se cadastrar no site para poder baixar os arquivos. Vou ver o que faço agora para contornar este problema

Beijo nas crianças.

Trabalhos escolares e bom senso: vamos reatar esta amizade? (Parte 1)


Olá pessoas.

O ano passado eu fiz uma postagem explicando a forma certa de se fazer uma resenha, para lê-la clique aqui. Na época achei que era necessário porque a maioria dos meus alunos não fazia a menor idéia do que fosse isto. Confundiam com resumos ou com sei lá o que.

Desta vez resolvi fazer um post explicando como se faz um trabalho de pesquisa qualquer. Por que isto? Simples. As pessoas também não sabem fazer um trabalho de pesquisa.

Antes de mais nada quero dizer que grande parte deste desconhecimento é culpa dos professores e não dos alunos. Se alguém chega ao ensino médio sem saber como se faz um trabalho de pesquisa, é porque isto nunca lhe foi explicado (nem exigido).

Por outro lado, não vou elaborar uma mega lista de regras que devem ser seguidas a qualquer custo, o que vou expor é um pequeno conjunto de regras baseado apenas no bom senso. Tudo que vou escrever aqui deveria ser óbvio, para alunos e professores, mas a experiência mostra que não é.

1- Para que serve um trabalho de pesquisa?

A maioria dos alunos acredita, ou foi levada a acreditar, que um trabalho de pesquisa tem como objetivo final melhorar a nota. Não é verdade. Quando um professor (leia-se: um professor sério) propõe um trabalho, ele espera que você aprenda alguma coisa durante o processo. Às vezes o trabalho serve para trabalhar um conteúdo que não foi possível trabalhar em sala, outras vezes para aprofundar um conteúdo já trabalhado, pode ainda servir como uma revisão da matéria.

Em qualquer um dos casos o objetivo é que você aprenda alguma coisa sobre o assunto. Talvez esta idéia seja tão inovadora que você que tenha dificuldade de entendê-la, então vou repetir:

O TRABALHO SERVE PARA QUE VOCÊ APRENDA ALGO SOBRE O TEMA DA PESQUISA!

Qualquer procedimento que impeça, ou demonstre, que você não aprendeu nada inutiliza automaticamente o trabalho. Era melhor não ter feito, teria poupado seu tempo e o tempo do professor.

2- Não faça cópias.

O cérebro humano tem a fantástica capacidade de copiar exatamente o que está escrito em um texto sem que seja necessário qualquer entendimento a respeito do mesmo. Pode experimentar.
Alguns anos atrás, em uma pesquisa sobre a natureza da luz, realizada no wikipédia (falarei dele mais tarde) obtive a seguinte resposta sobre o conceito de fóton:

Fóton é o bóson mediador da força eletrofraca.

Antes de continuar experimente pegar um pedaço de papel e escrever exatamente a frase acima.

Fácil não?

Mas ficam as perguntas: O que é um bóson? O que é mediador? O que é a força eletrofraca? Se você não sabe então você não conseguiu aprender nada ao escrever esta frase em um papel. É um trabalho inútil, pois:

O TRABALHO SERVE PARA QUE VOCÊ APRENDA ALGO SOBRE O TEMA DA PESQUISA!

Mas isto era antigamente, quando as pessoas ainda se davam ao trabalho de ler o que estavam escrevendo (pelo menos). Hoje em dia as pessoas encontram uma página na internet, imprimem, colocam o nome à caneta em algum espaço em branco e entregam! Isto NÃO FAZ SENTIDO!

O aluno esta gastando tempo, dinheiro, prejudicando a natureza com o consumo de papel e tinta e NÃO ESTÁ APRENDENDO NADA!

Se alguém souber me explicar para o que serve um trabalho deste, por favor, deixe um comentário explicando.

A maioria das pessoas tem dificuldade em escrever um trabalho com suas próprias palavras. Mas isto é fundamental. Você deve tomar para si o assunto do trabalho, ele tem que passar a ser sua propriedade intelectual. E você só vai conseguir fazer este processo se tiver o trabalho de escrever sobre o tema usando suas próprias palavras.

Escrevendo de maneira metafórica podemos imaginar assim: quando você apenas copia o que está escrito a informação vai dos seus olhos para a sua mão sem passar pelo seu cérebro, não há aprendizagem. No entanto, ao reescrever o texto, com suas palavras, você se obriga a pensar sobre o tema e, finalmente, consegue aprender algo.

Se você tem muita dificuldade em fazer isto com um tema é porque você não deve estar entendendo nada sobre o assunto. E este tipo de coisa deve estar acontecendo há muito tempo, horas e horas de trabalho gastos a toa.

Vale aqui um aviso: dependendo da natureza do trabalho, pode fazer-se necessário copiar um ou outro trecho da fonte de pesquisa. Isto é feito, normalmente, para reforçar a argumentação do trabalho, ou para comentar a citação. Neste caso tudo bem fazer uma cópia. Mas tudo que estiver escrito em torno desta citação tem que ser de sua autoria.

3- Busque em mais de uma fonte.

Ou melhor, busque em quantas fontes forem necessárias até encontrar uma que você realmente entenda o que você está lendo. E use esta para fazer o trabalho (mas não precisa se limitar a uma única fonte, podem ser várias, que se completam).

Por exemplo, no caso do conceito de fóton talvez você encontre uma fonte com os seguintes dizeres:

Os fótons são partículas sem massa que permitem que as cargas elétricas interajam entre si.

Esta frase diz praticamente o mesmo que a explicação anterior, mas com termos mais simples de serem compreendidos, mais acessíveis. Se mesmo assim você não entendeu o que é fóton, continue pesquisando, em algum momento você encontrará uma explicação acessível, afinal:

O TRABALHO SERVE PARA QUE VOCÊ APRENDA ALGO SOBRE O TEMA DA PESQUISA!


Este é o fim do primeiro post. Em breve publico o segundo (já está escrito, é só publicar)

Beijo nas crianças.

quinta-feira, 22 de março de 2012

Pequeno dicionário de física e fisicalidades (parte 2)

Olá pessoas.

Não sabe sobre o que é esta postagem ? Clique aqui

Quer ler a primeira parte? clique aqui

Física experimental: Parte da física que estuda, através da observação experimental, os fenômenos físicos, verificando as previsões, limites e valores das grandezas de uma teoria física e, muitas vezes, obtendo dados sobre fenô­menos ainda não conhecidos ou que ainda não possuem uma descrição teórica bem estabelecida. Além de ser crucial para o desenvolvimento da física, a experimentação desen­volve técnicas e instrumentos que podem ser utilizados em outras áreas de conhecimento e que encontram aplicação tecnológica, em particular. As aplicações na medicina são de grande interesse social.

Física matemática: Ramo da física teórica que procura estabelecer de maneira rigorosa o formalismo mate­mático de uma teoria física ou que estuda a aplicação de mé­todos matemáticos à compreensão de fenômenos físicos e à solução de problemas matemáticos gerados por sua descri­:ão teórica.

Física moderna: Parte da física que utiliza os conceitos que surgiram no inicio do séc. XX com a mecânica quântica e com a relatividade especial.

Física molecular: Ramo da física que estuda a constituição, propriedades e interações das moléculas com outras moléculas, átomos e com campos externos. Há uma superposição de parte de sua abordagem com a da física atô­mica.

Física nuclear: Ramo da física que estuda a consti­tuição, propriedades e interações dos núcleos atômicos com outros núcleos atômicos e com campos externos, bem como a geração de energia através dos fenômenos de fissão e fusão nuclear; física do núcleo.

Física quântica: Conjunto de teorias que inclu­em os fenômenos de origem quântica em sua formulação; fí­sica ondulatória.

Física relativística: Conjunto de teorias cuja for­mulação utiliza a teoria da relatividade especial.

Física semiclássica: Método que utiliza a combinação de teorias das físicas clássica e quântica no estudo de siste­mas físicos. Tal tipo de enfoque dos fenômenos físicos impli­ca determinadas aproximações e só é possível sob certas condições.

Física solar: Ramo da astrofísica que estuda os fenô­menos físicos que ocorrem no Sol; heliofísica.

Física teórica: Parte da física que formula e inves­tiga teorias que se destinam a descrever e explicar os proces­sos físicos encontrados na natureza e que é capaz de prever fenômenos naturais que ainda não foram observados. É im­portante frisar que a observação pela física experimental é necessária e complementar e pode ou não validar as contri­buições teóricas. Por outro lado, na física teórica se dão as análises dos resultados experimentais que permitirão seu entendimento dentro de um dado quadro teórico. Os concei­tos na física teórica podem, de modo geral, ser formalizados numa linguagem matemática. Ver física matemática.

Física térmica: Conjunto de teorias clássicas e quânticas que incluem fenômenos térmicos em suas formu­lações; física do calor.

Complementos

Colóide: Substância sólida, liquida ou gasosa, com aparência homogênea, que contém uma fase chamada dispersante (ou contínua) e outra chamada dispersa, compostas por partículas diminutas, com tamanhos que variam de 1 a 100 nanômetros, isto é, intermediárias entre as de uma solução química verdadeira e as de uma suspensão, e que lhe conferem propriedades características de dispersão de luz, passagem através de membranas, etc (EMULSÃO, GEL e SOL)

Nanômetro: unidade de comprimento equivalente a bilionésima parte do metro.


beijo nas crianças

sexta-feira, 9 de março de 2012

Pequeno dicionário de física e fisicalidades. (parte 1)

Olá pessoas.

Se você não sabe sobre o que é esta postagem, clique aqui, se você já sabe é só prosseguir a leitura dos verbetes sobre física.

Física: Ciência que investiga as leis do Universo no que diz respeito a matéria e energia, que são seus constituintes, e suas interações. Num sentido mais amplo, pode ser definida como a ciência da natureza. É constituída por um conjunto de teorias, leis (chamadas leis físicas) e princípios que con­duzem em geral a relações quantitativas sendo estas expres­sas por equações matemáticas. Existem áreas específicas de investigação na física, algumas delas são a física atômica, da matéria condensada, de partículas, estatística, molecu­lar, nuclear, óptica e termodinâmica. Todas estas utilizam os mesmos métodos gerais, que envolvem as leis físicas e seus princípios numa construção teórica e na sua verificação experimental. Esta metodologia dá origem a duas grandes categorias, a física teórica e a física experimental que, por suas características, são muitas vezes vistas como ramos dis­tintos, entretanto devem ser entendidas como indissociá­veis.

Do interior do átomo à origem das galaxias, a física cobre um vasto campo de conhecimentos.
Outras categorias importantes são a física clássica e a física quântica; essa distinção ocorreu no início do séc. XX em fun­ção de uma série de fenômenos que não podiam ser explica­dos sem a introdução de um novo conceito, o quanta, em particular a radiação do corpo negro só era bem explicada as­sumindo a existência de níveis discretos de energia. Também no início do séc. XX foi formulada a teoria da relatividade espe­cial estabelecendo uma distinção entre fenômenos que en­volvem grandes velocidades (próximas da velocidade da luz), próprios da física relativística, e fenômenos a baixas energi­as e velocidades, próprios da física não-relativística. Numa pers­pectiva filosófica, um dos pontos cruciais na investigação científica e em particular na física é a possibilidade de uma lei ou de uma teoria ser refutada, segundo o critério de falsifi­cabilidade de Popper, que fornece um eixo para formulações teóricas.

Física aplicada: (ou física aplicativa) O estudo da física visando aplica­ções, em particular no desenvolvimento tecnológico;

Física atômica: Ramo da física que estuda o átomo como uma totalidade investigando suas propriedades físicas e interações com outros átomos e com campos externos, sem deter-se nas interações dentro de seu núcleo; física do átomo.

Física clássica: Parte da física como era estudada até aprox. o final do séc. XIX e que não utilizava os conceitos que surgiram no início do séc. XX, como a mecânica quântica e a relatividade especial. Atualmente, o termo clássico é utiliza­do especificamente para indicar qualquer das teorias da física que não en­volvam fenômenos quânticos e, nesse caso, as teorias da relatividade especial e geral são classificadas como clássicas. A física clássica é uso com excelente precisão nas diversas si­tuações em que a escala é suficientemente grande para que efeitos quânticos sejam desprezíveis. Um dos desenvolvi­mentos modernos da física clássica é a teoria do caos deter­minístico.

Física coloidal: Ramo da física que estuda a estru­tura e características físicas dos colóides.

Física cósmica: (Mesmo que astrofísica) Ramo da física que estuda a constituição material. As propriedades físicas, a origem e evolução dos astros.

Física da matéria condensada: Área da física cujo objeto de investigação engloba o da física do estado sóli­do e inclui sólidos amorfos e líquidos.

Física de altas energias: Ramo da física que es­tuda as partículas elementares e suas interações a energias muito altas. O termo é uso para dar ênfase à investigação ex­perimental da física de partículas. Um dos instrumentos mais importantes neste tipo de investigação são os acelera­dores de partículas..

Reator Tokamak utilizado em pesquisas sobre física de plasmas
Física de [dos] plasmas Ramo da física que es­tuda a constituição, propriedades e produção de plasmas.

Física de partículas: Ramo da física que estuda as propriedades e estrutura das partículas elementares, as­sim como as interações entre partículas e campos; física de altas energias, física de partículas elementares.

Física do estado sólido: Ramo da física que estuda as propriedades físicas dos sólidos e sua estrutura, em particu­lar as propriedades magnéticas e elétricas de metais e semi­condutores. Os desenvolvimentos da física do estado sólido freqüentemente têm rápida aplicação, por exemplo, os transistores. O impacto so­cial destas aplicações é extremamente vasto, cobrindo a ele­trônica, a informática e a medicina; física dos sólidos.

Física estatística: Conjunto de teorias cuja descri­ção dos fenômenos macroscópicos utiliza métodos estatísti­cos aplicados aos constituintes microscópicos para sistemas que se encontram em equilíbrio ou fora do equilíbrio. 

Por enquanto é só. Em breve postarei a segunda parte.

Beijo nas crianças.

Física, esta ilustre desconhecida.

Olá pessoas.

Uma experiência interessante ao se dar aulas de física no ensino público, ou em cursinhos, é descobrir o que os alunos imaginam que seja a física. O mais comum é ouvir comentários sobre cálculo de velocidade e aceleração (90% dos casos), transformação de escalas termométricas (8% dos casos), associação de resistores (1% dos casos) e só raramente, (os outros 1%) ouviram falar sobre as leis de Newton, Conservação de energia, fenômenos ondulatórios e etc.

Ou seja, após três anos de “ensino médio”, o aluno não faz a menor idéia do que se trata a Física, e, para falar a verdade, também não sabe calcular velocidade média! Isto é bem preocupante.

Como cidadão acho terrível constatar a paupérrima qualidade de ensino deste país/estado/cidade que permite que tal aberração educacional ocorra. Como professor de física acho uma vergonha inacreditável que isto ocorra em nossas aulas. Com resolver o problema? Não sei. Se soubesse não estaria sentando atrás deste teclado de computador, estaria ganhando uma grana ministrando palestras por ai.

De qualquer forma, para tentar mudar este quadro, resolvi não pular aqueles capítulos do livro didático que falam sobre o objetivo da física e tudo mais. Passei a considerá-los, dada a realidade em que vivemos, uma das partes mais importante do conteúdo a ser ministrado aos alunos do ensino médio.

Isto me levou a tentar fazer um post tentando explicar o que é física. Desisti cinco minutos depois. É complicadíssimo. Achei mais fácil seguir a linha que eu sigo em sala de aula. Eu levo meu querido dicionário Houaiss de Física, começo a ler o verbete “Física” e vou explorando a leitura com o intuito de mostrar, ainda que de forma preliminar, o que é esta ciência.

Para completar este trabalho em sala de aula vou postar os verbetes para que os alunos tenham a oportunidade de lê-los e relembrar a discussão feita em sala. Além disto, pode ser uma leitura interessante para os malucos que acompanham meu blog.

Para simplificar a leitura de todas estas pessoas, os verbetes foram editados (removi as referências cruzadas e as abreviações) e dividi a postagem em duas partes menores (por que as pessoas preferem ler dois textos pequenos em vez de um grande eu não sei). No final eu coloquei dois verbetes adicionais para esclarecer alguns termos incomuns usados em física.

É isso ai.

P.S. Na realidade eu não desisti de fazer um post sobre o que é a física, apenas resolvi transformar o tema em um texto complementar. Porém este texto teve que entrar na fila de texto e resumos de aula que tenho que acertar, e não ficará pronto a tempo de ser utilizado este semenstre.