quinta-feira, 22 de março de 2012

Pequeno dicionário de física e fisicalidades (parte 2)

Olá pessoas.

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Física experimental: Parte da física que estuda, através da observação experimental, os fenômenos físicos, verificando as previsões, limites e valores das grandezas de uma teoria física e, muitas vezes, obtendo dados sobre fenô­menos ainda não conhecidos ou que ainda não possuem uma descrição teórica bem estabelecida. Além de ser crucial para o desenvolvimento da física, a experimentação desen­volve técnicas e instrumentos que podem ser utilizados em outras áreas de conhecimento e que encontram aplicação tecnológica, em particular. As aplicações na medicina são de grande interesse social.

Física matemática: Ramo da física teórica que procura estabelecer de maneira rigorosa o formalismo mate­mático de uma teoria física ou que estuda a aplicação de mé­todos matemáticos à compreensão de fenômenos físicos e à solução de problemas matemáticos gerados por sua descri­:ão teórica.

Física moderna: Parte da física que utiliza os conceitos que surgiram no inicio do séc. XX com a mecânica quântica e com a relatividade especial.

Física molecular: Ramo da física que estuda a constituição, propriedades e interações das moléculas com outras moléculas, átomos e com campos externos. Há uma superposição de parte de sua abordagem com a da física atô­mica.

Física nuclear: Ramo da física que estuda a consti­tuição, propriedades e interações dos núcleos atômicos com outros núcleos atômicos e com campos externos, bem como a geração de energia através dos fenômenos de fissão e fusão nuclear; física do núcleo.

Física quântica: Conjunto de teorias que inclu­em os fenômenos de origem quântica em sua formulação; fí­sica ondulatória.

Física relativística: Conjunto de teorias cuja for­mulação utiliza a teoria da relatividade especial.

Física semiclássica: Método que utiliza a combinação de teorias das físicas clássica e quântica no estudo de siste­mas físicos. Tal tipo de enfoque dos fenômenos físicos impli­ca determinadas aproximações e só é possível sob certas condições.

Física solar: Ramo da astrofísica que estuda os fenô­menos físicos que ocorrem no Sol; heliofísica.

Física teórica: Parte da física que formula e inves­tiga teorias que se destinam a descrever e explicar os proces­sos físicos encontrados na natureza e que é capaz de prever fenômenos naturais que ainda não foram observados. É im­portante frisar que a observação pela física experimental é necessária e complementar e pode ou não validar as contri­buições teóricas. Por outro lado, na física teórica se dão as análises dos resultados experimentais que permitirão seu entendimento dentro de um dado quadro teórico. Os concei­tos na física teórica podem, de modo geral, ser formalizados numa linguagem matemática. Ver física matemática.

Física térmica: Conjunto de teorias clássicas e quânticas que incluem fenômenos térmicos em suas formu­lações; física do calor.

Complementos

Colóide: Substância sólida, liquida ou gasosa, com aparência homogênea, que contém uma fase chamada dispersante (ou contínua) e outra chamada dispersa, compostas por partículas diminutas, com tamanhos que variam de 1 a 100 nanômetros, isto é, intermediárias entre as de uma solução química verdadeira e as de uma suspensão, e que lhe conferem propriedades características de dispersão de luz, passagem através de membranas, etc (EMULSÃO, GEL e SOL)

Nanômetro: unidade de comprimento equivalente a bilionésima parte do metro.


beijo nas crianças

sexta-feira, 9 de março de 2012

Pequeno dicionário de física e fisicalidades. (parte 1)

Olá pessoas.

Se você não sabe sobre o que é esta postagem, clique aqui, se você já sabe é só prosseguir a leitura dos verbetes sobre física.

Física: Ciência que investiga as leis do Universo no que diz respeito a matéria e energia, que são seus constituintes, e suas interações. Num sentido mais amplo, pode ser definida como a ciência da natureza. É constituída por um conjunto de teorias, leis (chamadas leis físicas) e princípios que con­duzem em geral a relações quantitativas sendo estas expres­sas por equações matemáticas. Existem áreas específicas de investigação na física, algumas delas são a física atômica, da matéria condensada, de partículas, estatística, molecu­lar, nuclear, óptica e termodinâmica. Todas estas utilizam os mesmos métodos gerais, que envolvem as leis físicas e seus princípios numa construção teórica e na sua verificação experimental. Esta metodologia dá origem a duas grandes categorias, a física teórica e a física experimental que, por suas características, são muitas vezes vistas como ramos dis­tintos, entretanto devem ser entendidas como indissociá­veis.

Do interior do átomo à origem das galaxias, a física cobre um vasto campo de conhecimentos.
Outras categorias importantes são a física clássica e a física quântica; essa distinção ocorreu no início do séc. XX em fun­ção de uma série de fenômenos que não podiam ser explica­dos sem a introdução de um novo conceito, o quanta, em particular a radiação do corpo negro só era bem explicada as­sumindo a existência de níveis discretos de energia. Também no início do séc. XX foi formulada a teoria da relatividade espe­cial estabelecendo uma distinção entre fenômenos que en­volvem grandes velocidades (próximas da velocidade da luz), próprios da física relativística, e fenômenos a baixas energi­as e velocidades, próprios da física não-relativística. Numa pers­pectiva filosófica, um dos pontos cruciais na investigação científica e em particular na física é a possibilidade de uma lei ou de uma teoria ser refutada, segundo o critério de falsifi­cabilidade de Popper, que fornece um eixo para formulações teóricas.

Física aplicada: (ou física aplicativa) O estudo da física visando aplica­ções, em particular no desenvolvimento tecnológico;

Física atômica: Ramo da física que estuda o átomo como uma totalidade investigando suas propriedades físicas e interações com outros átomos e com campos externos, sem deter-se nas interações dentro de seu núcleo; física do átomo.

Física clássica: Parte da física como era estudada até aprox. o final do séc. XIX e que não utilizava os conceitos que surgiram no início do séc. XX, como a mecânica quântica e a relatividade especial. Atualmente, o termo clássico é utiliza­do especificamente para indicar qualquer das teorias da física que não en­volvam fenômenos quânticos e, nesse caso, as teorias da relatividade especial e geral são classificadas como clássicas. A física clássica é uso com excelente precisão nas diversas si­tuações em que a escala é suficientemente grande para que efeitos quânticos sejam desprezíveis. Um dos desenvolvi­mentos modernos da física clássica é a teoria do caos deter­minístico.

Física coloidal: Ramo da física que estuda a estru­tura e características físicas dos colóides.

Física cósmica: (Mesmo que astrofísica) Ramo da física que estuda a constituição material. As propriedades físicas, a origem e evolução dos astros.

Física da matéria condensada: Área da física cujo objeto de investigação engloba o da física do estado sóli­do e inclui sólidos amorfos e líquidos.

Física de altas energias: Ramo da física que es­tuda as partículas elementares e suas interações a energias muito altas. O termo é uso para dar ênfase à investigação ex­perimental da física de partículas. Um dos instrumentos mais importantes neste tipo de investigação são os acelera­dores de partículas..

Reator Tokamak utilizado em pesquisas sobre física de plasmas
Física de [dos] plasmas Ramo da física que es­tuda a constituição, propriedades e produção de plasmas.

Física de partículas: Ramo da física que estuda as propriedades e estrutura das partículas elementares, as­sim como as interações entre partículas e campos; física de altas energias, física de partículas elementares.

Física do estado sólido: Ramo da física que estuda as propriedades físicas dos sólidos e sua estrutura, em particu­lar as propriedades magnéticas e elétricas de metais e semi­condutores. Os desenvolvimentos da física do estado sólido freqüentemente têm rápida aplicação, por exemplo, os transistores. O impacto so­cial destas aplicações é extremamente vasto, cobrindo a ele­trônica, a informática e a medicina; física dos sólidos.

Física estatística: Conjunto de teorias cuja descri­ção dos fenômenos macroscópicos utiliza métodos estatísti­cos aplicados aos constituintes microscópicos para sistemas que se encontram em equilíbrio ou fora do equilíbrio. 

Por enquanto é só. Em breve postarei a segunda parte.

Beijo nas crianças.

Física, esta ilustre desconhecida.

Olá pessoas.

Uma experiência interessante ao se dar aulas de física no ensino público, ou em cursinhos, é descobrir o que os alunos imaginam que seja a física. O mais comum é ouvir comentários sobre cálculo de velocidade e aceleração (90% dos casos), transformação de escalas termométricas (8% dos casos), associação de resistores (1% dos casos) e só raramente, (os outros 1%) ouviram falar sobre as leis de Newton, Conservação de energia, fenômenos ondulatórios e etc.

Ou seja, após três anos de “ensino médio”, o aluno não faz a menor idéia do que se trata a Física, e, para falar a verdade, também não sabe calcular velocidade média! Isto é bem preocupante.

Como cidadão acho terrível constatar a paupérrima qualidade de ensino deste país/estado/cidade que permite que tal aberração educacional ocorra. Como professor de física acho uma vergonha inacreditável que isto ocorra em nossas aulas. Com resolver o problema? Não sei. Se soubesse não estaria sentando atrás deste teclado de computador, estaria ganhando uma grana ministrando palestras por ai.

De qualquer forma, para tentar mudar este quadro, resolvi não pular aqueles capítulos do livro didático que falam sobre o objetivo da física e tudo mais. Passei a considerá-los, dada a realidade em que vivemos, uma das partes mais importante do conteúdo a ser ministrado aos alunos do ensino médio.

Isto me levou a tentar fazer um post tentando explicar o que é física. Desisti cinco minutos depois. É complicadíssimo. Achei mais fácil seguir a linha que eu sigo em sala de aula. Eu levo meu querido dicionário Houaiss de Física, começo a ler o verbete “Física” e vou explorando a leitura com o intuito de mostrar, ainda que de forma preliminar, o que é esta ciência.

Para completar este trabalho em sala de aula vou postar os verbetes para que os alunos tenham a oportunidade de lê-los e relembrar a discussão feita em sala. Além disto, pode ser uma leitura interessante para os malucos que acompanham meu blog.

Para simplificar a leitura de todas estas pessoas, os verbetes foram editados (removi as referências cruzadas e as abreviações) e dividi a postagem em duas partes menores (por que as pessoas preferem ler dois textos pequenos em vez de um grande eu não sei). No final eu coloquei dois verbetes adicionais para esclarecer alguns termos incomuns usados em física.

É isso ai.

P.S. Na realidade eu não desisti de fazer um post sobre o que é a física, apenas resolvi transformar o tema em um texto complementar. Porém este texto teve que entrar na fila de texto e resumos de aula que tenho que acertar, e não ficará pronto a tempo de ser utilizado este semenstre.